BEM VINDOS!

BEM VINDOS ! Espaço exclusivamente utilizado para divulgação de dicas em saúde.
Seguindo as normas éticas do Conselho Federal de Medicina fica vedado ao médico prestar atendimento médico à distância e principalmente pela internet.
A conduta médica depende de avaliação clínica completa.Para maiores informações acessem www.lucianaspina.com.br . Boa leitura!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Câimbras


As câimbras são contrações musculares súbitas, involuntárias, dolorosas e intensas que podem ocorrer em um grupo muscular ou em apenas um músculo isolado do corpo. Os músculos mais acometidos são os da panturrilha, músculos anteriores e posteriores das coxas, nos pés, nas mãos, no pescoço e no abdômen. Vários fatores podem desencadear as câimbras, podendo estar relacionado com deficiências de vitaminas na alimentação, alterações metabólicas, inatividade muito longa do músculo, desidratação ou por prática de atividade física muito impactante. A desidratação é uma das causas para o acontecimento das câimbras, pois a falta de água deixa as fibras musculares e dos tendões mais sujeitos aos espasmos. Outro motivo é deficiência de sódio, potássio e magnésio na alimentação. Dietas cetogênicas também podem causar. A causa mais comum entretanto é pela perda de potássio que acontece nas pessoas hipertensas que normalmente, tomam diuréticos. O acúmulo de ácido lático ou cetona nos músculos durante o exercício físico intenso e doenças como o diabetes, hipotireoidismo, alcoolismo, hipoglicemia, Mal de Parkinson, também deixam o indivíduo mais sujeito aos espasmos.

As baixas temperaturas também deixam a musculatura mais tensa e contraída, o que contribui para a ocorrência de fisgadas nas fibras musculares. Por isso elas são mais frequentes no inverno.

Geralmente as câimbras noturnas não estão associadas às doenças graves. No entanto, podem estar relacionadas a efeitos colaterais de algum remédio prescrito e ausência de minerais como cálcio, sódio e magnésio.  Às vezes basta um movimento feito inconscientemente durante o sono, de se esticar ou se espreguiçar na cama, para desencadear a contratura intensa e inadequada de determinado músculo. Também existem câimbras sem causa aparente que normalmente surgem por causa do excesso de esforço físico durante o dia.

Fica a dica: alongar-se 15 minutos antes de deitar, ingerir muito líquido e, inclusive, hidrotônicos que ajudam a repor o sódio em caso de atividade física intensa. A inclusão de alimentos ricos em cálcio e magnésio na dieta e evitar o sedentarismo são outras medidas necessárias.  Existem medicamentos que atuam no combate das contrações, porém estes devem ser recomendados pelo seu médico. Procure ajuda, converse com seu médico se você apresenta câimbras.

-- 
Dra Luciana Spina
Endocrinologista- Doutorado pela UFRJ
Programa de Diabetes e Hipertensão da SMSDC-RJ

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Uso de T3 no tratamento do hipotiroidismo

No tratamento do hipotireoidismo são prescritos medicamentos contendo um hormônio chamado tiroxina ou T4. O hormônio T4 é convertido em T3 (triiodotironina) e este possui ação dentro das células do nosso corpo. Na maioria dos pacientes com hipotireoidismo, esta conversão ocorre de forma adequada. No entanto, numa pequena percentagem de doentes, experimentarão conversão prejudicada. Nesses casos a falta de T3 irá mantê-los em um estado de hipotireoidismo ou o que poderia ser chamado de Síndrome de T3 Baixa. Em paciente com suspeita de  Síndrome de T3 Baixa deve-se testar além dos níveis T4,  T3 total, livre e reverso, para checar se a conversão adequada está ocorrendo.

Alguns pacientes com hipotireoidismo podem experimentar melhor o alívio dos sintomas, se tanto o T4 e T3 estão em níveis medianos dentro da faixa de normalidade do método laboratorial ou no seu limite superior. Isto acontece na maioria dos pacientes que usam T4, mas  para alguns somente uma combinação de dose de T4 e T3 pode oferecer a solução. Isso também é melhor determinado testando ambos os níveis de hormônio tireoidiano em pacientes com hipotireoidismo tratados. Testando o sozinho TSH (hormônio estimulante da tireóide) pode não detectar um nível baixo T3.