BEM VINDOS!

BEM VINDOS ! Espaço exclusivamente utilizado para divulgação de dicas em saúde.
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A conduta médica depende de avaliação clínica completa.Para maiores informações acessem www.lucianaspina.com.br . Boa leitura!

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Dicas para perder peso


Algumas dicas que irão ajudar no processo de emagrecimento:


1. Peça ajuda

Mudança de velhos hábitos enraizados durante anos pode ser difícil, ter o apoio de amigos e colegas vai ajudar você manter o foco.

Dica: Compartilhe dicas e novas receitas com amigos, familiares e colegas.


2. Organize-se

Tente planejar sua alimentação com antecedência e providenciar quais os ingredientes e produtos você precisa ter na geladeira e dispensa de casa. Isto tornará mais fácil manter o seu plano de alimentação e menos propenso a comer opções mais calóricas ou menos saudáveis ​​quando você estiver na correria do dia a dia.

Dica: Experimente cozinhar maiores quantidades e porções e congele. Será útil quando você não tiver tempo suficiente para cozinhar.

3. Limpe seus armários e gavetas

Tendo alimentos tentadores na casa ou em sua mesa, será muito mais difícil para você para resistir a comê-los.

Dica: Afaste qualquer guloseimas que estão à espreita em sua casa - se eles não estiverem por perto, será mais difícil comê-los!

4. Não se sinta derrotado em dias difíceis

É normal ter dias mais difíceis e escapar da dieta. O importante é não deixar que este dias te derrube e te impessa de continuar firme e forte no seu objetivo. É o que você faz a maior parte do tempo que conta!

5. Identifique seus gatilhos

Da próxima vez que você tiver um dia difícil e não resistir a uma segunda porção ou faltar a aula de ginástica, pense sobre o que te levou a ter esse comportamento. Tente identificar os sentimentos que provocaram esse deslize, por exemplo, a fome, fadiga ou estresse. Como você pode mudar o resultado da próxima vez que passar por uma situação semelhante?

Dica: Controle a sua fome comendo refeições regulares e garanta que você tenha bastante proteína em sua dieta. A proteína é essencial para o envio de sinais para o cérebro para dizer: "Obrigado, eu estou cheio". Introduza lanches saudáveis ​​se necessário como Iogurtes ou frutas.

6.Recompensa-te!

Faça uma lista de metas que você espera atingir na jornada em direção ao seu objetivo final e encontre formas de recompensar a si mesmo quando você alcançar essas metas. Isso vai encorajá-lo a permanecer focado e torna o desafio mais agradável também!

Dica: Faça uma massagem, desfrutar de um dia de spa, compre uma roupa nova, tente um novo esporte.

Mantenha-se positivo!
Converse com seu médico e peça orientação, procure melhorar a qualidade da sua vida. Sua saúde é o seu bem mais precioso.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Deficiencia de Vitamina D


A prevalência da deficiência de Vitamina D é real ou está super-estimada?
Inicialmente fica claro que apesar da escassez de estudos de prevalência no  Brasil, a deficiência de Vitamina D parece ser um problema comum em regiões de latitudes mais baixas como a região sul, e é especialmente uma condição mais prevalente no idoso. Em um estudo realizado com 102 idosos, não institucionalizados,  de baixa renda, em Porto Alegre (Scalco et al Endocrine 2008 33(1) 95-100), a prevalência da deficiência de vitamina D chegou a 85,7%. Estes dados destoam entretanto, de um estudo realizado em crianças em Recife, que virtualmente não encontrou casos de deficiência de Vitamina D. Na Europa, há uma nitida variação sazonal, com quedas no inverno, chegando a ocorrer uma prevalência de 40% em adultos jovens nesta estação do ano. Nos EUA, entretanto, o comitê do Instituto de Medicina  (IOM) concluiu que a prevalência de deficiência de vitamina D está super-estimada, sendo que a maioria da população americana tem níveis acima de 20ng/ml. Durante o evento, foi ponderado pelo Dr. Mauro Czepielewski que, em crianças com baixa estatura, também há uma alta prevalência de deficiência de vitamina D. Baseado no estudo de seu grupo, publicado no European Journal of Clinical Nutrition (2010) 64 1296-31, em uma amostra de 58 crianças e adolescentes com baixa estatura, pertencentes a uma coorte de 851 pacientes que consultam por baixa-estatura no ambulatório de endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 47,6% apresentavam niveis insuficientes de vitamina D (21-29 ng/ml) e 8,6% tinham deficiência de vitamina D <20ng/ml.
Quem deve dosar a vitamina D?
É importante salientar que não está indicado realizar o rastreamento universal para deficiência de vitamina D. O que se preconiza é que sejam realizadas dosagens somente em casos de maior risco. Estes seriam os idosos (especialmente com história de quedas ou fraturas não-traumáticas, pacientes com osteoporose, com doença renal crônica, sindromes de mal-absorção, doenças granulomatosas, pacientes em uso de anticonvulsivantes, glicocorticóide, anti-retrovirais, antifúngicos e pacientes com doença hepática crônica, além de crianças e adultos obesos. (Guidelines on Vitamin D deficiency - JCEM 2011, 96(7)1-20). O Dr Mauro Czepielewski pondera que esta indicação também deveria ser extendida a crianças com baixa estatura, como citado acima.
Como se define a deficiência de vitamina D?
A partir do consenso da Endocrine Society de 2011 passa a ser aceito como diagnóstico de deficiência de Vitamina D com níveis de 25(OH)D abaixo de 20ng/ml. Estudos indicam que há uma clara alteração no remodelamento ósseo, com redução da massa óssea, quando os niveis ficam abaixo de 30ng/ml. O aumento secundário mais significativo do PTH, entretanto, tende a ocorrer abaixo de 25ng/ml (Wagman RB, JCEM 2002; 87:4429-30). Portanto níveis entre 20-30ng/ml são considerados insuficiência de vitamina D e, entre 30 e 100ng/ml, níveis suficientes.
Os ensaios da vitamina D são confiáveis?
O exame de escolha para avaliação do status de vitamina D é a dosagem da 25-hidroxi-vitamina D- 25(OH)D, devido a meia-vida mais longa e por refletir melhor o estado nutricional da vitamina D. O método padrão-ouro atualmente é por HPLC.  Esta técnica porém é muito laboriosa e cara para ser popularizada. Desta forma, os laboratórios utilizam kits de quimioluminescência ou radioimunoensaio, sem a mesma precisão. No Brasil não há sistema de validação inter-laboratórios. Há, entretanto, um programa internacional de aferição (DEQAS- Dannish External Quality Assessment System) que certifica laboratórios com níveis aceitáveis de precisão em todo mundo, inclusive brasileiros. Mesmo assim a variabilidade do ensaio ainda é grande atingindo 20-30%. (Roth HJ, Schmidt-Gayk H et al. Ann Clin Biochem 2008 45:153 – 159).
Mudanças de estilo de vida apenas, são eficazes em melhorar os níveis de Vitamina D?
Segundo o Dr Tiago Schuch, provavelmente não. A exposição da pele ao sol seria a maneira fisiológica mais eficiente para a manutenção de níveis adequados de vitamina D, porém diversas variáveis ambientais (como latitude, sazonalidade e cobertura clmática por nuvens) e variáveis individuais ( cor da pele, uso de protetores solares) podem influenciar  a quantidade de sol necessária para a produção da vitamina D. É importante ressaltar que ainda não há definição de qual tempo de exposição solar seria seguro em relação ao risco de câncer de pele. Isto limita esta recomendação de forma universal. Por outro lado, as fontes alimentares são em geral insuficientes para se atingir as necessidades mínimas diárias de vitamina D.
Qual a melhor forma de se repôr Vitamina D, e em que doses?
Em adultos, as doses atualmente recomendadas para a prevenção da deficiência de Vitamina D vão de 600 UI (entre 19-70 anos) a 800 UI em idosos. Em um estudo randomizado francês (Chapuy MC, NEJM 1992 327:1637), realizado em mulheres na pós-menopausa, aquelas recebendo reposição de calcio e 800 UI de vitamina D/dia  tiveram redução significativa da incidência de fraturas vertebrais e não-vertebrais.
Para se  atingir níveis acima de 30ng/ml, entretanto ( considerado o nível necessário pra manter a saúde óssea)   é preciso ingerir 1500 a 2000 UI de vitamina D ao dia. Em caso de  tratamento da deficiência de Vitamina D, são necessárias doses diárias de 6.000 UI/dia até que sejam atingidos os niveis adequados ou doses semanais de 50.000UI por 6 a 8 semanas. O uso de doses elevadas anuais não é recomendado.
Quais são os benefícios não-calcêmicos da Vitamina D?
Como a maioria dos tecidos e células do corpo alberga o receptor para vitamina D e a 1,25(OH)2D influencia a sua expressão juntamente com outros fatores em até 1/3 do genoma humano, não é surpreendente que diversos estudos tenham encontrado associações entre vitamina D e diversos tipos de cancer, incluindo cólon, prostata, mama e pâncreas. Diversas doenças auto-imunes como artrite reumatóide, doença de Crohn e esclerose múltipla também estão associadas. De maior importância para o endocrinologista foi discutido especialmente a associação da deficiência de vitamina D com diabetes e doença cardiovascular.
O Dr. Sergio Atala Dib discutiu as inter-relações entre a vitamina D e o diabetes mélito tipos 1 e 2, salientando que estas ocorrem através do seu efeito coadjuvante na secreção e na ação da insulina apresentando também um efeito anti-inflamatório. Especificamente em relação ao diabetes mélito do tipo 1, essa última ação está associada aos seus efeitos  imunomoduladores que mostram o seu potencial, junto a insulinoterapia, para preservar a secreção residual de peptideo-C  nesses pacientes.  Dib observou que a Vitamina D tem potencial, provavelmente em doses mais altas, associada à imunoterapia na prevenção secundária (indivíduos com 2 ou mais anticorpos anti-ilhotas) e terciária (diagnóstico recente) do DM1. Com relação ao DM2, existem estudos mostrando que entre os individuos de risco, os que possuem valores mais baixos de vitamina D evoluem mais frequentemente para doença manifesta.
O Dr. Canani discutiu principalmente a associação entre a vitamina D e a doença cardiovascular. Foi dito que existe uma grande quantidade de evidência representada por  estudos observacionais associando baixos níveis de vitamina D a maior risco de doença cardiovascular. Entretanto, ainda são poucos os estudos randomizados que sugerem um efeito protetor da suplementação de vitamina D na prevenção. Todas as evidências existentes são oriundas de estudos onde o objetivo primário era a prevenção ou tratamento da doença óssea, sendo portanto desfechos substitutos. Provavelmente um dos aspectos mais avaliado é o efeito da vitamina D na mortalidade cardiovascular e geral. Meta-análises recentes chegaram a resultados discordantes neste aspecto. Intervenções buscando elevar os níveis de vitamina por sua vez, foram associadas a reduções não-significativas de mortalidade (Elamin MB JCEM 10.121/jc.2011-0398). Desta forma, a prescrição de vitamina D para prevenção ou tratamento de doença cardiovascular, até o momento não é preconizada.
Em relação a câncer, nenhum estudo randomizado de larga escala foi realizado usando esta patologia no desfecho principal. As evidências derivam de estudos observacionais e de associação e não provam causa-efeito, embora haja plausibilidade biológica para a teoria de que o câncer possa ser prevenido pela vitamina D. Há dados interessantes relatando que o risco para cancer colo-retal se torna progressivamente mais baixo na medida em que os niveis de 25(OH)D sobem para 30-32ng/ml, mas as análises secundárias de grandes estudos avaliando suplementação de vitamina D e incidência total de cancer não tem se mostrado ser significatvas ( NEJM364 (15) 2011 p 1385-87).
Apesar de promissor, muito ainda precisa ser estudado em vitamina D e futuros ensaios clinicos definirão a importância do seu potencial benefício em doenças não-ósseas, alegado por entusiastas da vitamina D.
4o encontro anual das regionais SBEM e SBD em Porto Alegre - 1 de dezembro de 2012.
Apresentadores: Luis Henrique Canan; Mauro Czepielewski; Sergio Atala Dib; Tiago Schuch
Texto e Revisão:Dr. Marcello Bertoluci e Dra. Marcia K Puñales
Fonte: http://www.diabetes.org.br/

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Compulsão alimentar

A obesidade se caracteriza por um excesso de tecido gorduroso em relação à massa magra (constituída pela musculatura, ossos e órgãos). A obesidade é responsável por uma série de complicações e prejuízos à saúde e pode interferir fortemente na auto-estima e na adaptação social. Doenças como diabetes, elevação do colesterol e triglicérides (gorduras do sangue), hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, arteriosclerose (endurecimento das artérias), acidente vascular cerebral ("derrame" ou isquemia), trombose, problemas nas articulações, alterações do sono e alguns tipos câncer que são mais freqüentes em pessoas obesas do que em pessoas com peso na faixa normal.
A obesidade é considerada uma doença multifatorial, ou seja, múltiplos fatores contribuem para o seu aparecimento e para sua manutenção. Aí se incluem os fatores genéticos, alimentares, emocionais, culturais, sociais, mudanças de comportamento, doenças endócrinas, gasto energético, e em alguns casos hábitos compulsivos.

O que é compulsão alimentar?
A compulsão alimentar está presente em aproximadamente 30% dos pacientes que nos procuram no consultório com problemas de excesso de peso. É mais freqüente em mulheres e sofre influência de fatores emocionais, atividade física, quantidade de carboidratos da dieta, intervalos das refeições e da fase do ciclo menstrual. A pessoa com episódios de comer compulsivo geralmente come grandes quantidades em pequeno espaço de tempo, às vezes sem fome, até se sentir desconfortavelmente “cheia” e freqüentemente seguida de sensação de arrependimento ou culpa.
Uma das causas implicadas na causa da compulsão parece ser a diminuição da serotonina (um neurotransmissor cerebral- substância química encontrada no cérebro) vem sendo relacionada com o transtorno do comportamento compulsivo. A descoberta de medicamentos mais recentes que aumentam os níveis de serotonina no cérebro mostrou bons resultados em muitos casos de compulsão. A atividade física também reduz a ocorrência de episódios compulsivos enquanto situações de ansiedade, depressão e dietas muito rígidas com poucos carboidratos nas refeições tendem a aumentar a compulsão. O tratamento dever ser orientado por um endocrinologista e na maioria dos casos o acompanhamento psicoterápico também estará indicado.