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domingo, 13 de março de 2011

Polêmica sobre suspensão dos remédios para emagrecer

Endocrinologista Rio de Janeiro Botafogo Zona Sul RJ - Dra. Luciana Spina - (21) 2103-1500
A intenção da ANVISA de proibir a venda dos remédios para emagrecer, como a sibutramina, alegando que não reduziam o peso e que seus possíveis efeitos-colaterais suplantariam os benefícios, gerou muita polêmica.
 A obesidade é uma doença crônica, grave, originada por múltiplos fatores orgânicos e ambientais, que é a causa de várias outras condições, como o diabetes, a hipertensão arterial e o aumento de colesterol, que por sua vez podem resultar em complicações cardiovasculares severas, como o infarto. Assim, a obesidade precisa ser tratada com seriedade e muitas vezes com medicação.
Os remédios para emagrecimento que existem atualmente quando bem indicados e usados corretamente, raramente apresentam problemas.
Os efeitos-colaterais geralmente são bem tolerados e costumam desaparecer apos as primeiras semanas de uso. Os mais frequentes são boca seca, insônia, dor de cabeça, ansiedade e taquicardia.
Não deveria haver proibição dessas medicações e sim uma prescrição adequada e ética com um bom controle e fiscalização da comercialização. Os estudos que levaram à proibição da substância na Europa foram feitos em pacientes com problemas de saúde, que pelas orientações da bula nem deveriam ter sido medicados.
Proibir o uso de medicações que auxiliam a perda de peso restringe a liberdade do indivíduo que necessita do medicamento e do médico que pratica uma medicina ética e com critérios.
A sibutramina, assim como os outros medicamentos usados para emagrecer estão no mercado há muitos anos e são de grande utilidade para auxiliar na perda de peso, principalmente de grandes obesos. O problema está no seu uso indiscriminado, sem indicação, de forma inadequada e muitas vezes sem acompanhamento medico. Alguns pacientes como os hipertensos severos e cardiopatas não devem usar esse tipo de medicação. O médico tem que ser capaz de indicar e escolher a melhor medicação para cada paciente. Deve sim haver um maior combate à comercialização irregular desses remédios, algumas vezes comprados sem receitas, pela internet ou com uso de falsas receitas.
Existem diretrizes sobre o tratamento farmacológico da obesidade e do sobrepeso que são respaldadas em trabalhos científicas e têm como objetivo diminuir os riscos de diabetes e doenças cardiovasculares associados ao excesso de peso. Uma redução de 5% a 10% do peso corporal já é suficiente para diminuir esses riscos.
Enfim, remédio para emagrecer deve ter justificativa de uso e ser bem indicado pelo médico. Não deve ser usado sem critério. A mudança de hábito alimentar e a prática regular de exercícios devem ser sempre estimuladas. O remédio não pode ser a única medida e deve ser encarado como adjuvante ao tratamento, que consiste principalmente na mudança de estilo de vida. O endocrinologista é o profissional mais indicado para orientar, tratar e acompanhar o tratamento para emagrecer.

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