BEM VINDOS!

BEM VINDOS ! Espaço exclusivamente utilizado para divulgação de dicas em saúde.
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A conduta médica depende de avaliação clínica completa.Para maiores informações acessem www.lucianaspina.com.br . Boa leitura!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Entenda tudo sobre o Câncer de Tireóide e seu tratamento.

Endocrinologista Rio de Janeiro Botafogo Zona Sul RJ - Dra. Luciana Spina - (21) 2103-1500 Dra. Luciana Spina - Endocrinologista

Há dois dias a então Presidente da Argentina Cristina Kirchner foi diagnosticada com câncer de Tireóide, você sabia que ele é mais comum do que munda gente imaginava? Entenda como diagnosticar e tratar desas doença.



O que são os nódulos de tireóide?

Nódulos são áreas de crescimento exagerado, formando “caroços”, que se diferenciam do restante da tireóide, que podem ser de vários tamanhos, desde alguns milímetros até vários centímetros de diâmetro. Nódulos de tireóide são extremamente comuns.

Cerca de 90 a 95% de todos os nódulos da tireóide são provocados por alterações benignas (ou seja, não contêm câncer), e não são prejudiciais ou perigosos.
A pessoa portadora de um nódulo na tireóide na maioria das vezes nem desconfia da presença dele, a menos que ele cresça e comece a produzir sintomas.
Os nódulos podem ser encontrados pelo médico quando ele examina a glândula tireóide ou quando ele solicita um exame de ultrassom.
Entretanto, a maioria dos nódulos descobertos pelo ultrassom é pequena (menor que 1 cm) e muitas vezes nem consegue ser encontrado com a palpação (principalmente se estiver na região posterior da tireóide). De fato, até metade (50% !) dos indivíduos adultos pode apresentar algum tipo de nodulação na tireóide, se submetidos a um exame de ultrassom – a grande maioria deles sem qualquer significado clínico.

Todo nódulo na tireóide merece uma avaliação por um médico endocrinologista, devido à possibilidade (pequena, mas não desprezível) de abrigar um câncer de tireóide. Alguns exames, principalmente a punção aspirativa da tireóide com agulha fina (um tipo de biópsia da glândula tireóide), podem revelar com bastante segurança se um determinado nódulo é perigoso ou inocente e, assim, ajudar a definir qual é o melhor tratamento. No caso de nódulos pequenos, benignos, pode não ser necessário tratamento nenhum (apenas a observação).

Que características do nódulo sugerem um câncer de tireóide?

Um nódulo tem maior chance de ser canceroso (maligno) quando apresenta uma ou (principalmente) várias das características abaixo:

- crescimento rápido (semanas – poucos meses);
- consistência sólida, firme, endurecida;
- provoca dificuldade para engolir ou para respirar;
- pouco móvel, ou fixo;
- provoca rouquidão com muita freqüência;
- dor local importante;
- presença de gânglios linfáticos (linfonodos) aumentados e endurecidos no pescoço;
- história de irradiação na região do pescoço, por qualquer motivo;
- outros membros da família já apresentaram câncer da tireóide.

Além disso, nódulos de tireóide que surgem em pessoas abaixo dos 30 ou acima dos 60 anos têm maior chance de malignidade.

Considerando todas as pessoas que têm nódulos palpáveis na tireóide, cerca de 4% das mulheres e 8% dos homens têm câncer de tireóide. O câncer de tireóide é o tumor maligno mais comum das glândulas endócrinas.



- COMO TRATAR O CÂNCER?

Felizmente, as formas mais comuns de câncer de tireóide (os tipos papilífero e folicular) são cânceres de evolução lenta e com uma boa chance de cura (que pode ser alcançada em mais de 90% dos casos com o tratamento adequado).

Portanto, se um paciente recebe o diagnóstico de câncer de tireóide, isso não é motivo para desespero. A maioria dos pacientes com câncer de tireóide consegue ser curada e recuperar-se muito bem deste tipo de tumor.

O tratamento específico do câncer de tireóide depende do tipo específico do tumor. Geralmente o nódulo maligno precisa ser removido através de cirurgia, e após a operação os pacientes recebem uma dose de iodo radioativo para destruir qualquer resto de tumor que tenha permanecido no pescoço.

Depois da cirurgia, os pacientes não são mais capazes de produzir hormônios tireodianos, e apresentam hipotireoidismo, portanto necessitando receber reposição desses hormônios na forma de comprimidos, geralmente pela vida toda.

Apesar de uma alta taxa de cura (maior que 90%), o paciente vai precisar de acompanhamento médico regular para a vida toda após a remoção de um câncer de tireóide, para ajuste da dose da medicação e para tratamento imediato caso seja encontrado um novo crescimento do tumor.

Os exames pedidos no acompanhamento pós-operatório incluem: exames de sangue (TSH e tireoglobulina, este sendo um marcador tumoral, ou seja, um exame que se altera na presença de vestígios ou um novo crescimento do tumor), ultrassom, cintilografia (em alguns casos) e outros exames que o endocrinologista julgar necessário.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

DIGA NÃO AO CIGARRO!


O Brasil todo está engajado numa campanha divulgada no Fantástico pelo Dr Drauzio Varella, O Brasil sem cigarro! Apoio essa campanha. Veja abaixo as informações divulgadas no site do INCA. Vamos divulgar e participar também. Por um Brasil mais saudável!

Doenças associadas ao uso dos derivados do tabaco

A presença de cerca de 4.720 substâncias presentes na fumaça dos derivados do tabaco, faz com que o tabagismo seja responsável por aproximadamente 50 doenças. Muitos estudos desenvolvidos até o momento evidenciam que o consumo de derivados do tabaco causa quase 50 doenças diferentes.
Está comprovado que o tabagismo é responsável por:

• 200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora);
• 25% das mortes causadas por doença coronariana - angina e infarto do miocárdio;
• 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;
• 85% das mortes causadas por bronquite crônica e enfisema pulmonar (doença pulmonar obstrutiva crônica);
• 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);
• 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).
• 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia);

No Brasil, o câncer de pulmão é o tipo de tumor mais letal e também uma das principais causas de morte no país. Nas estimativas para o ano de 2010, válidas também para o ano de 2011, são esperados 28 mil novos casos de câncer de pulmão, sendo 18mil homens e 10 mil mulheres. O consumo de tabaco é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão.

Outras doenças relacionadas ao tabagismo:
• hipertensão arterial;
• aneurismas arteriais;
• úlcera do aparelho digestivo;
• infecções respiratórias;
• trombose vascular;
• osteoporose;
• catarata;
• impotência sexual no homem;
• infertilidade na mulher;
• menopausa precoce;
• complicações na gravidez;


Por que as pessoas fumam?

Vários são os fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco. A maioria delas é influenciada principalmente pela publicidade maciça do cigarro nos meios de comunicação de massa que, apesar da lei de restrição à propaganda de produtos derivados do tabaco sancionada em dezembro de 2000, ainda tem forte influência no comportamento tanto dos jovens como dos adultos. Além disso, pais, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência.

Pesquisas entre adolescentes no Brasil mostram que os principais fatores que favorecem o tabagismo entre os jovens são a curiosidade pelo produto, a imitação do comportamento do adulto, a necessidade de auto-afirmação e o encorajamento proporcionado pela propaganda. Noventa por cento dos fumantes iniciaram seu consumo antes dos 19 anos de idade, faixa em que o indivíduo ainda se encontra na fase de construção de sua personalidade.

A publicidade veiculada pelas indústrias soube aliar as demandas sociais e as fantasias dos diferentes grupos (adolescentes, mulheres, faixas economicamente mais pobres etc.) ao uso do cigarro. A manipulação psicológica embutida na publicidade de cigarros procura criar a impressão, principalmente entre os jovens, de que o tabagismo é muito mais comum e socialmente aceito do que é na realidade. Para isso, utiliza a imagem de ídolos e modelos de comportamento de determinado público-alvo, portando cigarros ou fumando-os, ou seja, uma forma indireta de publicidade. A publicidade direta era feita por anúncios atraentes e bem produzidos, mas foi proibida no Brasil. Com a Lei 10.167, que restringe a propaganda de cigarro e de produtos derivados do tabaco, esse panorama tende a mudar a médio e longo prazo.

Os resultados das medidas de restrição à publicidade no controle do tabagismo em vários países mostram que este é um instrumento legítimo e necessário para a redução do consumo.
Conheça o cigarro por dentro
A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas diferentes; que constitui-se de duas fases fundamentais: a fase particulada e a fase gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.
O alcatrão é um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, formado à partir da combustão dos derivados do tabaco. Entre elas, o arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, resíduos de agrotóxicos, substâncias radioativas, como o Polônio 210, acetona, naftalina e até fósforo P4/P6, substâncias usadas para veneno de rato.
O monóxido de carbono (CO) tem afinidade com a hemoglobina (Hb) presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para todos os órgãos do corpo. A ligação do CO com a hemoglobina forma o composto chamado carboxihemoglobina, que dificulta a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a aterosclerose.

A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde/OMS uma droga psicoativa que causa dependência. A nicotina age no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega em torno de 9 segundos ao cérebro. Por isso, o tabagismo é classificado como doença estando inserido no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substância psicoativa. Além disso, a nicotina aumenta a liberação de catecolaminas, causando vasoconstricção, acelerando a freqüência cardíaca, causando hipertensão arterial e provocando uma maior adesividade plaquetária. A nicotina juntamente com o monóxido de carbono, provoca diversas doenças cardiovasculares. Além disso, estimula no aparelho gastrointestinal a produção de ácido clorídrico, o que pode causar úlcera gástrica. Também desencadeia a liberação de substâncias quimiotáxicas no pulmão, que estimulará um processo que irá destruir a elastina, provocando o enfisema pulmonar.
Vamos dar exemplo aos nossos filhos, a nossas famílias. Vamos cuidar da nossa saúde!


Diga NÂO ao cigarro!


Fonte: http://www.inca.gov.br/tabagismo/index.asp

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Crescimento na infância e uso de GH

Muitos pais se preocupam com a altura de seus filhos. “Será que ele não está crescendo como deveria”? Como podemos saber se nosso filho não está crescendo bem? Na verdade, toda criança deve ser medida e pesada pelo menos uma vez ao ano. Desta forma, qualquer desvio do normal será percebido rapidamente. Existem gráficos que ajudam nesse acompanhamento. Este acompanhamento regular deveria ser seguido rigorosamente por todos, normalmente pelos pediatras. Notando- se algum desvio na curva de crescimento devemos então realizar uma avaliação com Endocrinologista.
A altura de uma pessoa é resultado da combinação de vários genes oriundos de seu pai e de sua mãe. Em geral, temos 50% de chance de ter uma altura semelhante à do pai ou da mãe. Os irmãos tem 50% de chance de ficarem com alturas semelhantes e apenas 25% de semelhança pode ser esperado em relação a altura de avós e tios. Em gêmeos monozigóticos (“idênticos”), cuja carga genética é a mesma, a altura final será praticamente igual, desde que ambos passem pelas mesmas condições ambientais ao longo do período de crescimento. Entretanto, se um deles tiver algum problema nutricional ou alguma doença crônica, ele poderá perder altura e ficar mais baixo em relação ao outro que não enfrentou condições desfavoráveis.
Quando não existe doença, uma vida saudável, alimentação adequada, atividade física, horas de sono suficiente, tudo favorece um crescimento saudável.
O hormônio de crescimento, conhecido como GH, é produzido pela glândula hipófise, situada na base do crânio, e é muito importante para o crescimento estatural desde os primeiros anos de vida. Em alguns casos pode-se ter deficiência de crescimento por alteração na produção desse hormônio. Embora não seja uma causa muito freqüente deve ser sempre suspeitada quando existe diminuição da velocidade de crescimento de uma criança.
O crescimento é um processo bastante dinâmico que inicia na concepção e se estende até a vida adulta, ocorrendo em intensidades variáveis nas diferentes fases da vida de uma criança e de um adolescente. Cada pessoa irá crescer enquanto seus ossos tiverem cartilagens de crescimento não calcificadas, independentemente da idade cronológica que ela apresente. O amadurecimento e a calcificação destas cartilagens de crescimento dependem principalmente da puberdade. Dois jovens de mesma idade cronológica com diferentes estágios puberais irão crescer de forma diferente. Aquele com um desenvolvimento mais avançado da puberdade provavelmente terá as cartilagens mais calcificadas e mais próximo de parar de crescer do que o outro que está apenas na fase inicial da puberdade. Da mesma maneira, uma menina de 10 anos de idade que esteja com as mamas desenvolvidas, com pêlos pubianos e já apresentou a primeira menstruação deve parar de crescer antes do que uma menina de 12 anos de idade que esteja apenas iniciando o desenvolvimento mamário. Este grau de amadurecimento das cartilagens pode ser avaliado com uma radiografia das mãos e dos punhos para avaliação da “idade óssea”.
Nos meninos, a puberdade e o estirão de crescimento começa em média 2 anos mais tarde do que nas meninas. Essa “demora” prolonga o crescimento antes da puberdade, que associado com um estirão mais intenso e um período de crescimento mais prolongado no sexo masculino, resulta que os homens sejam em média 13 cm mais altos que as mulheres.
O tratamento de reposição (substituição) com GH está indicado em todo indivíduo, independente da faixa etária, que apresente deficiência da produção de GH pela hipófise. A deficiência de GH pode ter início na infância (nanismo hipofisário) ou na vida adulta, por exemplo, por causa de um tumor da hipófise. Na infância, o GH também pode ser benéfico na baixa estatura em meninas com Síndrome de Turner, em crianças nascidas pequenas para a idade gestacional, nos portadores da Síndrome de Prader-Willi, em crianças com insuficiência renal crônica, entre outros.
Em geral, nas crianças com baixa estatura causada pelas diferentes etiologias em que o uso de GH está aprovado, o tratamento pode ser feito até que se atinja a estatura final planejada. Em geral, isso não se baseia na idade cronológica, mas sim na idade óssea e na velocidade de crescimento que a criança está apresentando.
O tratamento com GH é feito através de injeções diárias, aplicadas ao deitar, por via subcutânea (isto é, na gordura) nas coxas, braços, nádegas ou abdome. Não existem preparações em formas de comprimidos, sprays, supositórios ou adesivos.
Os efeitos colaterais são raros mas podem ocorrer, principalmente com uso de doses excessivas. Reações locais da aplicação são incomuns mas podem ocorrer. Raramente o uso de GH pode causar hipertensão intracraniana benigna (“síndrome do pseudotumor cerebral”), que cursa com dor de cabeça, vômitos, alterações visuais, agitação ou alterações da marcha (do ato de andar). Em adultos, os principais efeitos colaterais se relacionam com retenção de água que o GH pode promover, causando inchaço, dores articulares ou musculares, e formigamentos de extremidades, geralmente relacionados com a síndrome do túnel do carpo.
O GH deve ser interrompido quando a resposta não é a esperada, na presença de efeitos adversos, ou quando o paciente não quer mais o tratamento.
Para aqueles interessados no assunto recomendo o site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (www.sbem.org.br) e o artigo 10 coisas que você precisa saber sobre crescimento e GH, que serviu de fonte para essa matéria.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Alimentação saudável para todas as idades

1.Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições.
Fazendo todas as refeições, você evita que o estômago fique vazio por muito tempo, diminuindo o risco de ter gastrite e de ficar com muita fome e exagerar na quantidade quando for comer.
Evite “beliscar” entre as refeições, isso vai ajudar você a controlar o peso.
Aprecie a sua refeição, coma devagar, mastigando bem os alimentos.
Saboreie refeições variadas dando preferência a alimentos saudáveis típicos da sua região e disponíveis na sua comunidade.
O consumo freqüente e em grande quantidade de sal, gordura, açúcar, doce, refrigerante, salgadinho e outros alimentos industrializados aumenta o risco de doenças como câncer, obesidade, hipertensão arterial, diabetes e doenças do coração. Escolha os alimentos mais saudáveis, lendo as informações e a composição nutricional nos rótulos dos alimentos.
Siga as normas básicas de higiene na hora da compra, do preparo, da conservação e do consumo de alimentos. A higiene é essencial para redução dos riscos de doenças transmitidas pelos alimentos e pela água.
2. Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais (arroz, milho, trigo, pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural.
Alimentos como cereais (arroz, milho, trigo), pães e massas, preferencialmente na forma integral; tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim são a mais importante fonte de energia e devem ser o principal componente da maioria das refeições, pois são ricos em carboidratos.
Distribua as seis porções desses alimentos nas principais refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar) e nos lanches entre elas.
Nas refeições principais, preencha metade do seu prato com esses alimentos. Se utilizar biscoitos para os lanches, leia os rótulos: escolha os tipos e as marcas com menores quantidades de gordura total, gordura saturada, gordura trans e sódio.
3. Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.
Frutas, legumes e verduras são ricos em vitaminas, minerais e fibras e devem estar presentes diariamente nas refeições, pois contribuem para a proteção à saúde e diminuição do risco de ocorrência de várias doenças.
Varie o tipo de frutas, legumes e verduras consumidos durante a semana. Compre os alimentos da época (estação) e esteja atento para a qualidade e o estado de conservação deles.
Para alcançar o número de porções recomendadas, é necessário que esses alimentos estejam presentes em todas as refeições e lanches do dia. De preferência a frutas, legumes e verduras crus. Procure combinar verduras e legumes de maneira que o prato fique colorido, garantindo assim diferentes nutrientes.
Sucos naturais de fruta feitos na hora são os melhores. A polpa congelada perde alguns nutrientes, mas ainda é uma opção melhor que sucos artificiais, em pó ou em caixinha e aqueles processados com muito açúcar, como os néctares de fruta.
4. Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde.
Misture uma parte de feijão para duas partes de arroz cozido.
Varie os tipos de feijão usados (preto, da colônia, manteiguinha, carioquinha, verde, de corda, branco e outros) e as formas de preparo.
Use também outros tipos de leguminosas. A soja, o grão-de-bico, a ervilha seca, a lentilha podem ser cozidos e usados também em saladas frias. A fava também é uma leguminosa de ótima qualidade nutricional.
As sementes (de girassol, gergelim, abóbora e outras) e as castanhas (do Brasil, de caju, nozes, nozes-pecan, amendoim, amêndoas e outras) são fontes de proteínas e de gorduras de boa qualidade.
5. Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis!
Leite e derivados são as principais fontes de cálcio na alimentação. Carnes, aves, peixes e ovos fazem parte de uma alimentação nutritiva e contribuem para a saúde e para o crescimento saudável. Todos são fontes de proteínas, vitaminas e minerais.
Os adultos devem preferir leite e derivados com menores quantidades de gorduras (desnatados).
Consuma mais peixe e frango e sempre prefira as carnes magras.
Procure comer peixe fresco pelo menos duas vezes por semana, tanto os de água doce como salgada são saudáveis.
Coma pelo menos uma vez por semana vísceras e miúdos, como o fígado bovino, moela, coração de galinha, entre outros. Esses alimentos são excelentes fontes de ferro, nutriente essencial para evitar anemia.
6. Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menores quantidades de gorduras trans.
Reduza o consumo de alimentos gordurosos, como carnes com gordura aparente, embutidos (salsicha, lingüiça, salame, presunto, mortadela), queijos amarelos, frituras e salgadinhos, para, no máximo, uma vez por semana.
Use pequenas quantidades de óleo vegetal quando cozinhar (canola, girassol, milho, algodão e soja), sem exagerar nas quantidades. Uma lata de óleo por mês é suficiente para uma família de quatro pessoas.
Use azeite de oliva para temperar saladas, sem exagerar na quantidade. Evite usá-lo para cozinhar, pois perde sua qualidade nutricional quando aquecido.
Prepare os alimentos de forma a usar pouca quantidade de óleo, como assados, cozidos, ensopados e grelhados. Evite cozinhar com margarina, gordura vegetal ou manteiga.
Na hora da compra, dê preferência às margarinas sem gordura trans ou a marcas com menores quantidades desse ingrediente (procure no rótulo essa informação).
7. Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação.
Consuma no máximo uma porção do grupo dos açúcares e doces por dia.
Valorize o sabor natural dos alimentos e das bebidas evitando ou reduzindo o açúcar adicionado a eles.
Diminua o consumo de refrigerantes e de sucos industrializados; a maioria dessas bebidas contém corantes, aromatizantes, açúcar ou edulcorantes (adoçantes artificiais), que não são bons para a saúde.
Prefira bolos, pães e biscoitos doces preparados em casa, com pouca quantidade de gordura e açúcar, sem cobertura ou recheio.
8. Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer, charque, salsicha, lingüiça, presunto, salgadinhos, conservas de vegetais, sopas, molhos e temperos prontos.
A quantidade de sal por dia deve ser, no máximo, uma colher de chá rasa, por pessoa, distribuída em todas as refeições.
Utilize somente sal iodado. Não use sal destinado ao consumo de animais, que é prejudicial à saúde humana.
Leia o rótulo dos alimentos e prefira aqueles com menor quantidade de sódio. O consumo excessivo de sódio aumenta o risco de hipertensão arterial e doenças do coração e rins.
Utilize temperos como cheiro verde, alho, cebola e ervas frescas e secas ou suco de frutas, como limão, para temperar e valorizar o sabor natural dos alimentos.
9. Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
A água é muito importante para o bom funcionamento do organismo das pessoas em todas as idades. O intestino funciona melhor, a boca se mantém úmida e o corpo hidratado.
Use água tratada, fervida ou filtrada para beber e preparar refeições e sucos.
Bebidas açucaradas como refrigerantes e sucos industrializados e bebidas com cafeína como café, chá preto e chá mate não devem substituir a água.
10. Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha o peso dentro de limites saudáveis.
Além da alimentação saudável, a atividade física regular é importante para manter um peso saudável.
Movimente-se! Descubra um tipo de atividade física agradável, o prazer é também fundamental para a saúde. Caminhe, dance, ande de bicicleta, jogue bola, brinque com crianças. Aproveite o espaço doméstico e espaços públicos próximos a sua casa para movimentar-se. Convide os vizinhos, amigos e familiares para acompanhá-lo.
Incentive as crianças a realizarem brincadeiras mais ativas como aquelas que você fazia na sua infância e ao ar livre: pular corda, correr, pular amarelinha, esconde-esconde, pega-pega, andar de bicicleta e outras.
Evitar o fumo e o consumo freqüente de bebida alcoólica também ajuda a diminuir o risco de doenças graves, como câncer e cirrose, e pode contribuir para melhorar a qualidade de vida.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Você sofre de insônia? Veja algumas dicas para melhorar a qualidade do seu sono:




Luciana Spina - Endocrinologista

Dormir bem é fundamental para manter uma boa saúde física e mental, principalmente se for considerado o desgaste diário que a vida moderna nos impõe, pois o stress provocado pelo trabalho, volume de informações a absorver, cotidiano doméstico e compromissos costuma prejudicar e comprometer a qualidade do sono, gerando o problema da insônia.

Com múltiplos fatores desencadeantes, como stress ansiedade, problemas físicos e emocionais, a insônia muitas vezes pode requerer um tratamento médico, pois uma noite mal dormida pode desencadear queda na produtividade, alterações de humor e outros sintomas.

Se você está sofrendo de insônia, procure orientação médica. Somente um profissional poderá orientar sobre o tratamento mais adequado.

Para amenizar o problema, você pode seguir algumas dicas:
• Procure manter horários regulares para deitar e acordar. Essa prática ajuda a manter uma regularidade do ritmo biológico.
• Mantenha a tranqüilidade do local onde você dorme, evitando utilizá-lo para outras atividades como estudar, assistir TV, jogar vídeo-game etc.
• Se for ler algum livro ou assistir um filme, evite os que possuem conteúdo estimulante (suspense ou terror).
• Os sons, a luminosidade e a temperatura podem interferir na qualidade do sono. O corpo humano precisa de uma temperatura agradável e de um ambiente silencioso com o mínimo de iluminação, para um bom sono.
• Não vá dormir com fome ou alimentado em excesso, pois refeições pesadas podem causar grande desconforto. Lanches leves pouco antes de dormir, acompanhados por bebidas quentes (leite, etc.) podem ajudá-lo a dormir.
• À noite, evite tomar café, chá preto, bebidas do tipo “COLA” ou “GUARANÁ”, pois são bebidas estimulantes.
• Evite o consumo de bebidas alcoólicas à noite, mesmo que elas pareçam induzir o sono, a qualidade do mesmo não é satisfatória. Alguns pacientes podem sentir uma piora dos sintomas de depressão no dia seguinte.
• Evite fumar à noite, já que a nicotina pode ter efeito estimulante.
• Durma somente o tempo suficiente para se sentir bem. Ficar na cama mais do que o necessário pode prejudicar o sono da noite seguinte.
• Evite “brigar com a cama”. Se tentar, e não conseguir dormir levante e tente fazer algo enfadonho ou repetitivo, como ler um livro cansativo. Ouvir uma música suave pode ser relaxante.
• Pratique exercícios físicos. Desde que sejam moderados e regulares, os exercícios físicos facilitam o sono.
• Alguns tipos de chás, tais como de erva cidreira ou folhas de maracujá, podem ajudá-lo a dormir.
• Espreguiçar-se na cama e usar métodos de relaxamento físico, facilitam a conciliação do sono.
• Ao deitar-se, relaxe e pense em coisas amenas, isolando-se dos problemas cotidianos.
• Nunca utilize medicamentos tranqüilizantes para dormir sem orientação e receita médica. Tais produtos sem um rigoroso controle médico poderão prejudicar a sua saúde.


Boa Noite!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Minha opinião sobre a suspensão dos emagrecedores derivados de anfetaminas

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta terça-feira (dia 4/10/2011) manter a comercialização e o registro da sibutramina, um dos remédios mais vendidos que atuam na redução do apetite, mas ampliou o controle sobre a prescrição e sobre a utilização do medicamento.
A Anvisa proibiu ainda a comercialização de três outros inibidores de apetite feitos a base de anfetamina: a anfepramona, o femproporex e o mazindol. Num primeiro momento, a sibutramina era considerada a principal vilã na discussão e a ANVISA propunha proibi-la alegando riscos maiores do que benefícios aos pacientes.
Isso porque, no ano passado, a União Européia baniu a venda desse medicamento com base em um estudo feito pelo fabricante, com 10 mil pacientes obesos e com problemas cardíacos ou diabete. Os dados revelaram que havia aumento de 16% de risco de eventos cardíacos.
Foi com base nesse estudo que a agência brasileira passou a restringir a venda desse medicamento (agora ele entrou na classe dos anorexígenos e depende de uma receita especial) e apresentou a proposta pela sua proibição definitiva.
Depois de meses de discussão, no entanto, a história mudou de rumo. Dentro da própria ANVISA ainda não há consenso sobre o destino desses medicamentos.
Membros da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme), órgão que presta consultoria especializada para a ANVISA, defendem a proibição de todas as drogas para emagrecer. Já a equipe de técnicos da agência voltou atrás e passaram a defender a permanência da sibutramina sob controle ainda mais rígido.
No mesmo mês em que esse assunto era discutido a revista Veja publica uma reportagem exaltando o uso de uma medicação injetável para Diabetes como um verdadeiro milagre no tratamento para emagrecer. A medicação- a liraglutida (VICTOZA), existente no mercado Brasileiro há 3 meses, que era vendida sem receita, se esgota nas farmácias do País inteiro! Milhares de pessoas comprando e se injetando sem indicação e acompanhamentos médicos. Vai entender...Em nenhum momento se fala da importância de mudança de estilo de vida, principalmente de hábitos alimentares. Milagres sim! Saúde que é bom....afinal quem não quer emagrecer de maneira fácil?
Não tão fácil assim. Além do alto custo e de ter que ser aplicado diariamente de forma injetável, o Victoza pode causar efeitos indesejáveis! Todo o remédio tem efeitos colaterais! !!! Até os fitoterápicos, ditos naturais...
Se eu indico remédios para emagrecer? SIM! Cada caso é um caso, não existe receita de bolo! Essas medicações se usadas com critério e acompanhamento medico adequado beneficiam os pacientes. A ANVISA deveria fiscalizar melhor a comercialização e não proibir. Vários remédios são vendidos sem receita pela internet, sem nenhum tipo de controle. As próprias farmácias algumas vezes vendem remédios controlados sem receita...
O medico precisa ser criterioso e saber pra quem ele pode prescrever ou não certas medicações. Nem todo mundo tem a mesma sensibilidade a eles. Enfim, a suspensão das anfetaminas termina com um trágico final para esse capítulo da novela!! Aguardem as cenas do próximo capítulo!!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Posicionamento da Sociedade de Endocrinologia sobre o Victoza

Acabei de receber esse carta escrita pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia. Aproveito que o assunto "está quente" para divulgar:

OFÍCIO Nº 214/SBEM/2011

Rio de Janeiro, 09 de setembro de 2011.



À Revista Veja



A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia vê com preocupação a reportagem “Parece Milagre!”, que estimula o uso, não autorizado pelas agências reguladoras, do medicamento liraglutida com a finalidade exclusiva de emagrecimento. No momento, a única indicação reconhecida para este produto é o tratamento do diabetes. Estudos estão sendo realizados em relação ao seu emprego no tratamento da obesidade acompanhada de complicações, mas ainda não foram publicados os resultados do acompanhamento de um número suficiente de pacientes para que esta indicação terapêutica seja aceita. Enquanto isso não acontecer, não concordamos com a prescrição da liraglutida para perda de peso em pessoas não por tadoras de diabetes.

A obesidade é uma doença crônica que pode ter graves consequências. Seu tratamento é difícil e são poucos os recursos terapêuticos disponíveis. Matérias como “Parece Milagre!” induzem a população a acreditar em uma solução mágica para este grave problema, o que não é verdade. Liraglutida é um medicamento novo e ainda serão necessários vários anos de farmacovigilância para correta avaliação de seus efeitos a longo prazo. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia se prontifica a assessorar os órgãos de imprensa nos assuntos referentes aos distúrbios endócrinos e metabólicos, de modo a evitar que informações sem embasamento científi co sejam veiculadas à população.


Atenciosamente,
Dr. Airton Golbert
Presidente da SBEM
Dr. Ricardo Meirelles
Presidente da Comissão de Comunicação Social da SBEM

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

NOVO MEDICAMENTO PARA DIABETES USADO COMO EMAGRECEDOR




NOVO MEDICAMENTO PARA DIABETES USADO COMO EMAGRECEDOR


Dra. Luciana Spina- Endocrinologista em 05/09/2011

Está disponível nas há cerca de três meses no Brasil, aprovado pela ANVISA, a liraglutida (nome comercial Victoza®), indicada no tratamento do diabetes tipo 2 em adultos (maiores de 18 anos).

Além de auxiliar no controle glicêmico dos pacientes diabéticos, o Victoza® proporciona importantes benefícios como: perda de peso, redução significativa na pressão arterial sistólica e melhora da função das células beta, responsáveis por sintetizar e secretar a insulina.

A liraglutida pode promover perda de peso por retardar o esvaziamento gástrico e aumentar a sensação de saciedade após as refeições, podendo ser então um grande aliado no combate à obesidade.

Entenda melhor como esse medicamento funciona:

Liraglutida é um análogo de GLP-1 (Glucagon-like peptide-1) – e possui 97% da identidade de sequência de aminoácidos de GLP-1 nativo, hormônio natural produzido pelo intestino que colabora para o metabolismo normal da glicose como outros hormônios pancreáticos e gastrointestinais como a insulina, o glucagon, a amilina etc.

O medicamento age no pâncreas estimulando a liberação de insulina apenas quando os níveis de açúcar no sangue estão altos, o que gera baixo risco de hipoglicemia. Além disso, o medicamento é metabolizado naturalmente pelo organismo e não possui excreção renal.

Sua aplicação se dá por meio de uma caneta de injeção subcutânea, uma vez ao dia, sempre no mesmo horário.

Conheça o principal estudo clínico realizado:

O programa de estudos clínicos LEAD (Ação e Efeito de Liraglutida no Diabetes) testou exaustivamente a eficácia e segurança de liraglutida. Mais de 4.400 pacientes de 40 países em todo o mundo foram reunidos em cinco estudos, que compararam diretamente liraglutida aos tratamentos de diabetes normalmente utilizados como glimepirida, rosiglitazona, insulina glargina e exenatida.

Os principais achados dos estudos LEAD apontam que o tratamento com liraglutida em todos os casos resultou em bom controle do açúcar no sangue. O percentual de pacientes que atingiram a meta da ADA (Associação Americana de Diabetes) dos níveis de açúcar no sangue (HbA1c <7%) foi significativamente mais alto com todas as doses de liraglutida em todas as comparações. A perda de peso média também foi maior no grupo com liraglutida comparado com os outros grupos.

Existe indicação para o uso de Liraglutida no tratamento da obesidade?

Essa semana saiu na revista VEJA uma reportagem ressaltando o uso desse medicamento como emagrecedor.
Como endocrinologista, gostaria de colocar minha opinião sobre essa reportagem e esclarecer alguns pontos. Em primeiro lugar esse medicamento foi inicialmente aprovado para uso em diabéticos. As demais indicações ainda estão em estudo, portanto temos que ter cautela. Alguns médicos já vem usando em não-diabéticos, mas essa prática é considerada off-label, que significa que não está indicada em bula. Sendo assim, esse fato deve ser muito bem esclarecido ao paciente e no meu entender, deve ser assinado um termo de consentimento esclarecido, em que o paciente se declara ciente dos riscos e benefícios da medicação. Temos que levar em consideração que é um medicamento novo existe há apenas 3 meses no mercado brasileiro e há pouco mais de 1 ano e meio nos outros países, incluindo EUA e Europa. Isto significa que, apesar dos grandes estudos pré venda, a classe médica, na sua maioria, tem pouca experiência em usá-lo na prática clínica. Outra questão é que a medicação é injetável e requer cuidados na usa administração. Seu uso é diário e de alto custo financeiro. Então, não é para todo mundo. Em relação aos efeitos colaterais ele pode causar enjôo e náuseas, podendo seu uso ser restrito para indivíduos com problemas gástricos.

O mais importante de tudo isso, é que provavelmente a perda de peso será temporária se não houver mudança de hábito alimentar. A melhora no padrão alimentar é que garante uma vida mais saudável. Procuramos sempre uma maneira fácil e rápida de emagrecer...Mas emagrecer com SAÚDE é aprender a comer bem! Ter qualidade de vida é praticar atividade física. Não existe remédio no mundo que substitua esse fato! Pensem sobre isso!
Não se esqueçam que seu medico é a pessoa mais importante para discutir essas questões com você. Qualquer medicação deve ter seu uso avaliado em termos de riscos e benefícios. O acompanhamento medico é fundamental e cuidar da nossa saúde como um todo essencial !!!

Saúde a todos, Dra Luciana Spina.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Doenças Tireoidianas Pós-Parto

Endocrinologista Rio de Janeiro Botafogo Zona Sul RJ - Dra. Luciana Spina - (21) 2103-1500



Durante a gravidez o sistema imunológico da mulher, responsável pela produção de anticorpos que defendem seu organismo, precisa se adaptar para não interferir no desenvolvimento fetal. O feto é encarado pelo corpo feminino como um "elemento estranho", mesmo tendo sido gerado a partir de um óvulo do próprio organismo.

A natureza, no entanto, sempre sábia, age para evitar que o sistema imunológico feminino produza anticorpos contra o feto em gestação. Nos nove meses de gravidez, portanto, a mulher terá suas defesas menos agressivas, com capacidade reduzida de rejeitar corpos estranhos. Logo depois do parto, o sistema imunológico materno volta à ativa e, em muitos casos, com mais combatividade.

A tireóide é uma glândula muito visada pelo sistema de defesa que, com relativa freqüência, produz anticorpos contra esta importante glândula causando moléstias bem conhecidas. No pós-parto existe a possibilidade de o sistema imunológico produzir anticorpos anti-tireóide, danificando a glândula.

Tireoidite pós-parto

A tireoidite pós-parto é freqüente, variando a prevalência em diferentes estudos conduzidos em vários países.

A composição racial da população, condições ambientais como falta ou excesso de iodo, fatores genéticos como doenças da tireóide na família e presença prévia de anticorpos anti-tireóide antes da gravidez são alguns fatores relevantes na implicação desta doença.

Em estudo conduzido no Hospital das Clínicas, de São Paulo, notou-se que cerca de 13% de 800 grávidas examinadas antes e após o parto, apresentaram tireoidite pós-parto, com níveis elevados de anticorpos dirigidos contra a própria glândula tireóide chamados de anti-TPO.

Os sintomas e sinais podem ser: depressão pós-parto, fraqueza e cansaço, queda de cabelos, sensação de frio persistente, letargia, falta de ânimo. Estes sintomas são compatíveis com hipotireoidismo, ou seja, falta de função da tireóide.

A causa mais provável e freqüente é a produção anômala de anticorpos contra a glândula tireóide impedindo-a de produzir os hormônios tireóideos.


A evolução da tireoidite pós-parto


Confirmado o diagnóstico por exames de laboratório, é preciso avaliar o dano causado e iniciar o tratamento com hormônio tireóideo sob forma de um comprimido por dia. A evolução parece ser favorável, mas cerca de 50% das pacientes passam a ter necessidade diária e permanente de comprimido de hormônio da tireóide enquanto a outra metade de pacientes recupera a função da tireóide sem necessidade de tratamento imediato.

Acredita-se que estas pacientes poderão, no futuro ter maior sensibilidade para desenvolver a chamada tireoidite crônica auto-imune. A tireoidite pós-parto é relativamente freqüente, atinge cerca de 10% das mulheres e deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes. A rapidez implica em melhores chances de sucesso no tratamento
Luciana Spina – Endocrinologista.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Avanços da medicina aumentam expectativa de vida para quem está na faixa dos 40 anos.



Luciana Spina – Endocrinologista.

Quem tem por volta de 40 anos de idade hoje, ou menos, pode ir se preparando: se os especialistas estiverem certos, suas chances de chegar aos cem serão muito maiores, e em condições muito próximas das que vive atualmente. Este acréscimo na expectativa e qualidade de vida virá de diversos avanços esperados para as próximas décadas em áreas como medicina regenerativa, células-tronco e biologia molecular que, segundo alguns, não vão só interromper o processo de envelhecimento como podem até revertê-lo.
- Nos últimos 100 anos houve um aumento da expectativa de vida em mais de 30 anos. Agora, os cálculos são que, no próximos 30 anos, a cada ano que você vive, vai conseguir viver mais um em virtude do que está sendo descoberto e aplicado pela medicina. Há um avanço muito grande que mostra que há formas de subverter ou manipular essa expectativa de vida entendendo melhor como funcionam as células e o organismo.
O importante é viver mais e bem
O limite atual da vida humana foi dado pela pessoa mais longeva do mundo, a francesa Jeanne Calment, que faleceu em 1997 aos 122 anos e 164 dias de idade. Ele destaca, no entanto, que de nada adianta alcançar uma vida tão longa com um organismo decrépito.
O importante não é só viver mais, mas viver mais e bem. A ciência está avançando e conseguimos entender cada vez mais como funciona o organismo e como se pode reverter alguns aspectos do envelhecimento. Não é para a pessoa criar nesse momento a expectativa de que vai viver 150, 200 ou mil anos, mas que, a partir da percepção do avanço da ciência, ela vai ter uma qualidade de vida muito melhor lá na frente.
A chave da longevidade está nas pesquisas sobre os telômeros. Estruturas localizadas nas pontas dos cromossomos, eles funcionam como capas protetoras dessas extremidades, com um papel muito importante na manutenção da integridade do genoma. Os telômeros impedem, por exemplo, a fusão de terminais de diferentes cromossomos ou sua degradação por enzimas que, na falta destas estruturas, considerariam o material dos cromossomos como DNA danificado, desfazendo-os como um cadarço de sapato que perde o adesivo protetor de suas pontas. Recentemente, a cientista Maria Blasco, do Centro Nacional de Pesquisa de Câncer da Espanha, inventou um exame de sangue que pode mostrar o quão rápido uma pessoa está envelhecendo medindo o comprimento de seus telômeros. O teste está previsto para ser posto à venda em 2012.
- Estamos conhecendo cada vez mais sobre os telômeros - conta Rehen. - Há uma série de evidências científicas de uma relação direta entre a longevidade e o comprimento dos telômeros, isto é, quanto menores eles são, menor a capacidade da célula em se dividir. E, quando ela para de se dividir, começa o que chamamos de senescência, que seria a chave do processo de envelhecimento.
Embora o envelhecimento seja um processo natural de desgaste do organismo, não há provas científicas de que ele não possa ser interrompido e seus danos reparados, reforça Aubrey de Grey, pesquisador da Universidade de Cambridge e fundador do projeto SENS (sigla em inglês para "estratégias para engenharia de uma senescência negligenciável").
- No momento, há sim um limite para a vida humana, pois os processos químicos envolvidos na própria vida causam a acumulação de danos moleculares e nas células que a medicina ainda não pode reparar - explica. - Por outro lado, a medicina do futuro deverá ser capaz de reparar todos esses danos e, dessa forma, remover este limite completamente.
Medicina poderá reparar danos
De Grey conta que seu projeto classifica esses danos em sete categorias principais e detalha propostas de como eles podem ser consertados:
- Em resumo, a perda de células em órgãos importantes do corpo seria revertida com terapias com células-tronco; as células malignas resistentes atacadas com toxinas genéticas ou imunológicas; células que se multiplicam demais seriam paradas até impedirmos que estendam os telômeros nas pontas de seus cromossomos; o "lixo" molecular do lado de fora das células seria movido para seu interior por ferramentas do sistema imunológico e o "lixo" molecular dentro delas, por sua vez, degradado por enzimas de bactérias; mutações nas mitocôndrias seriam reparadas com o uso de cópias de seus genes nos núcleos das próprias células; e a matriz intracelular seria restaurada para sua elasticidade da juventude com drogas que quebrem as ligações químicas indesejáveis que ela acumula.
Na opinião de Rehen, quem encara projetos como o de De Grey e outros semelhantes como um desafio à "ordem natural das coisas" ou uma tentativa de "brincar de Deus" não leva em conta toda a própria história da evolução da nossa espécie.
- Claro que De Grey usa uma série de jargões, como dizer que vamos viver mil anos, para conseguir mais visibilidade para a própria fundação - ressalva. - Mas o homem, desde que começou a evoluir, subverte a natureza. O ser humano é a única espécie do planeta capaz de subverter a seleção natural de Darwin. A discussão entre o que é natural ou não já caiu por terra desde que o homem começou a se organizar e aumentar a própria expectativa de vida.
O neurocientista cita ainda como exemplo de pistas dadas pela natureza na busca pela longevidade o caso de um roedor africano conhecido como rato-toupeira-pelado (Heterocephalus glaber). Enquanto a maioria das espécies de roedores tem uma expectativa de vida máxima de dois anos, esses ratos vivem até 28 anos, quase 15 vezes mais.
- Ele é um mamífero que consegue aumentar sua longevidade naturalmente - diz. - Sabemos que a incidência de câncer em roedores é altíssima. Por isso, se não é comido por um predador, ele acaba morrendo num período de dois anos. Já o rato-toupeira-pelado tem a vantagem de conseguir evitar quase por completo a formação de tumores, produzindo em grandes quantidades uma proteína chamada P27 que detém o processo. A partir do momento em que a gente identifica esses exemplos na natureza, fica mais fácil perceber que pode haver um aumento real da nossa longevidade.
Não existe receita milagrosa
Dados recentes mostram que estresse, sedentarismo e obesidade levam ao encurtamento dos telômeros. Não existe uma receita milagrosa. Sabemos que não podemos levar, aos 40 anos, a vida que tinha aos 20. O importante agora é conseguir viver o máximo possível com qualidade, pois a expectativa é muito boa para os próximos 30 anos baseado no que está acontecendo no mundo em termos de evolução da área de gerontologia. A quantidade de artigos e trabalhos é para deixar todo mundo bastante esperançoso e com expectativas boas de viver pelo menos mais 30 anos muito bem.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Alimentação no Inverno

Dra. Luciana Spina – Endocrinologista



Por que será que engordamos mais no inverno do que no verão? Será que o nosso corpo está mais lento do que no verão?
É exatamente ao contrário!
No verão temos a impressão de gastarmos mais energia por suarmos mais. Mas o que o corpo está fazendo é liberar o calor que está “sobrando”. No inverno a temperatura “cai”. Nós temos o nosso tecido gorduroso que tem um importante papel de manter a temperatura do nosso corpo. O corpo gasta muito mais energia para manter a temperatura corpórea do que mantê-la.
Para repor essa energia o nosso corpo necessita comer já que é através dela que obtemos nossa primeira fonte de energia. E se nós lembrarmos de reeducar nossa alimentação nós também lembraremos que a energia rápida vem dos carboidratos como massas, pão, bolo, torrada, arroz, etc; e também dos doces. Aí fica claro aquele desejo incontrolável. No inverno sentimos vontade de tomar algo quente para aquecer o corpo como um chá, mas logo na nossa cabeça vem a nossa cultura de tomar chá com torrada ou biscoitos.
O mesmo acontece com a sopa que sempre vem acompanhada por um pão.O que tem que ficar bem claro é que o desejo de comer não está só na necessidade de repor energia, mas também nas nossas cabeças. Se inverno nos lembra queijos variados com vinho e você não controlar a quantidades desses petiscos, não será esse gasto a mais do nosso corpo que conseguirá deixar a nossa balança (quanto comemos e quanto gastamos) equilibrada. Esse gasto de energia a mais é mínimo perto da quantidade de calorias que ingerimos nesses alimentos. Portanto se não tomarmos cuidado o ponteiro da balança subirá sem ao menos percebermos, já que as roupas de inverno são mais largas. Outro agravante é a preguiça que o friozinho nos dá. Não são todas as pessoas que tem ânimo de chegar à noite e ir para uma academia com esse frio. Mas deveria. Se o seu objetivo é emagrecer aproveite que o nosso corpo está gastando mais energia e programe-se para perder uns quilinhos. Reeduque sua alimentação e pratique uma atividade física.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Acúmulo de gases que levam à flatulência

Endocrinologista Rio de Janeiro Botafogo Zona Sul RJ - Dra. Luciana Spina - (21) 2103-1500


Flatulência (acúmulo de gases)
Dra. Luciana Spina
O acúmulo de gases produzidos no intestino, além da flatulência, muitas vezes causa grande desconforto, pois provocam distensão abdominal. Essa distensão que dá a sensação de inchaço e ganho de peso.
Os maiores "responsáveis" pela produção e liberação dos gases são os carboidratos que não são quebrados durante a passagem pelo estômago. Como o intestino não produz as enzimas responsáveis pela sua digestão, eles são fermentados por bactérias que ali residem, produzindo gases.
Outros fatores podem estar também relacionados, como a prisão de ventre, por exemplo. A constipação (intestino preso) faz com que a comida demore mais tempo para passar pela parte inferior do aparelho digestivo, provocando maior fermentação dos alimentos e conseqüentemente, maior formação de gases.
Pessoas com intolerância à lactose, colite e dispepsia também são mais propensas a apresentarem flatulência.Mas a maior parte dos casos de flatulência é mesmo proveniente da alimentação.
Alguns alimentos e atitudes colaboram para uma maior produção de gases intestinais.
• Ervilha, feijão, e leguminosas em geral têm grande quantidade de carboidrato não absorvível e tendem a fermentar no intestino. Mas isso não significa que você deve excluí-los da sua dieta;
• Outros alimentos também são conhecidos por aumentarem a produção de gases, são eles: repolho, batata doce, cebola, couve, ovo, brócolis, entre outros.
• Comer depressa faz com que você não mastigue direito os alimentos, atrapalhando assim a digestão e fazendo com que o bolo fecal chegue ao intestino sem estar adequadamente digerido;
• Uma dieta pobre em fibras e com baixo consumo de água dificulta o trânsito intestinal, causando prisão de ventre.
De maneira geral, a prática de atividade física regular, a adoção de hábitos alimentares saudáveis e o consumo médio de 2 litros de água por dia, além de contribuir com a boa forma, são aliados para combater a retenção de líquidos e a formação de gases intestinais.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Polêmica:Anorexígenos



Mais uma etapa da discussão sobre a decisão da Anvisa, de suspender a venda da sibutramina e medicamentos anorexígenos no mercado brasileiro, está marcada para o dia 7 de junho, em Brasília, numa Audiência Pública no Senado. De acordo com a SBEM, caso essa proibição seja efetivada, milhares de pacientes serão prejudicados e os endocrinologistas perderão um importante recurso para auxiliar no tratamento da obesidade.

A Audiência Pública será presidida pelo Senador Paulo Paim. Como os parlamentares se orientam pela opinião pública para adotar suas posições políticas, por serem representantes do povo, a SBEM solicita a todas as pessoas contrárias à proibição dos inibidores do apetite que enviem um e-mail ao Senador, externando sua opinião. Para isso, a Sociedade sugere o texto abaixo:

Contraproposta.

A obesidade é uma epidemia mundial e contribui para a ocorrência de inúmeras outras doenças graves, como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e vários tipos de câncer. Seu tratamento é difícil, baseado em adoção de hábitos saudáveis de alimentação e atividade física, mas muitos pacientes não conseguem aderir ao plano alimentar necessário à perda de peso. Para estes é fundamental o apoio farmacológico.

Assim sendo não concordamos com a proibição dos medicamentos inibidores do apetite atualmente disponíveis no Brasil, cujo emprego, respeitadas as boas normas de prática clínica, suas indicações e eventuais contra-indicações, auxilia inúmeros pacientes a atingir um peso mais saudável.

Elogiando a iniciativa de promover a Audiência Pública no Senado Federal para debater esse importante tema de saúde pública, conto com seu apoio no sentido de evitar que a Anvisa leve adiante sua intenção de banir os medicamentos à base de sibutramina, dietilpropiona, femproporex e mazindol, contrariando as necessidades de significativa parcela da população portadora de obesidade.



Dra. Luciana Spina – Endocrinologista.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Consumindo mais fibras na alimentação

As fibras são grandes aliadas na prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes, prisão de ventre e também no câncer de cólon. Além de auxiliarem no combate ao mau hálito, facilitam a digestão e proporcionam a sensação de saciedade. São classificadas em solúveis e insolúveis.

As solúveis são aquelas que proporcionam uma digestão mais lenta e eficaz, podemos encontrá-las em alimentos como:
• aveia;
• cevada;
• bagaço de frutas cítricas;
• maçã;
• goiaba.

Já as fibras insolúveis atuam no intestino grosso absorvendo a água e assim deixando as fezes mais amolecidas, facilitando a evacuação. Além de pressionar a parede do intestino, estimulando a peristalse, com isso evitando a prisão de ventre. Os principais alimentos ricos em fibras insolúveis são:

• cereais (farelos);
• hortaliças;
• casca das frutas
• legumes.
Beber água também é mito importante. Beba cerca de 2 litros ao dia!
Dra. Luciana Spina – Endocrinologista.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Como protejer sua saúde de quedas bruscas de temperatura?

Endocrinologista Rio de Janeiro Botafogo Zona Sul RJ - Dra. Luciana Spina - (21) 2103-1500

O inverno ainda não começou, mas o frio já apareceu e, com isso, algumas doenças podem aparecer. Alergia, resfriado, asma e gripe são apenas algumas das doenças que se intensificam com a queda de temperatura.

Confira algumas dicas para manter a saúde no frio:

Fique atento às variações de temperatura. Em casa, no trabalho e em outros locais fechados, costuma-se sentir calor. Porém, ao sair d
estes ambientes, a brusca queda de temperatura pode facilitar a ocorrência de doenças.

Ingerir líquidos quentes ao longo do dia, como chás, café e chocolate quente, ajuda a manter o corpo aquecido, mas deve-se evitar o exagero no consumo desses produtos.
Mantenha a higiene doméstica, evitando o acúmulo de poeira, que desencadeia diversos problemas alérgicos;

Evite banhos com água muito quente, que provocam ressecamento da pele;
Evite exposição prolongada a ambientes com ar condicionado_ quente ou frio;
As pessoas com alergia devem ficar atentas a cobertores que soltam pelos. Substituí-los por mantas de tecido sintético ou algodão pode auxiliar na prevenção de rinites e outros quadros alérgicos;

As alergias também podem ser reduzidas lavando e secando ao sol, antes de usar, mantas, cobertores e blusas de lã, guardadas por muito tempo em armários. Pacientes com antecedentes como bronquite e rinite costumam ter crises nesta época. É importante procurar um médico e seguir suas recomendações;

Atenção ao sol. Mesmo com o frio é importante manter o cuidado com o sol, utilizando protetores, especialmente quando o céu estiver “limpo”;

Tome muito cuidado com o acesso de crianças pequenas à cozinha. Evite que brinquem neste ambiente, atraídas pelo calor. Líquidos e panelas quentes causam graves acidentes. Em caso de queimadura a orientação é buscar atendimento médico imediatamente.

sábado, 30 de abril de 2011

Você sabe o que é gigantismo?

Endocrinologista Rio de Janeiro Botafogo Zona Sul RJ - Dra. Luciana Spina - (21) 2103-1500 Casos raros de produção excessiva do hormônio do crescimento podem apresentar indivíduos que chegam quase a 3m de altura.

É muito freqüente encontrarmos pais preocupados com a altura dos seus filhos, mas quase sempre temem pela baixa estatura. Raro mesmo a preocupação quando uma criança esta crescendo demais, assim como no caso da pequena Julia de 3 anos.

Na medicina, o gigantismo é uma enfermidade hormonal causada pela excessiva secreção do hormônio do crescimento durante a idade do crescimento; se ocorrer na fase adulta é denominado de acromegalia. Os indivíduos que sofrem desta doença alcançam estaturas entre 2,4m e 2,75m.

Na maioria dos casos é causado por um tumor na glândula pituitária, porém pode estar associado a outras enfermidades, como a Síndrome de McCune-Albright ou o Complexo de Carney.

Entre os sintomas se encontra altura muito acima da média, as dores de cabeça, o atraso da puberdade, entre outros. Para confirmar a existência desta enfermidade se recorre a exames de sangue para medir a quantidade de hormônio de crescimento e, a causa pode ser confirmada na realização de uma tomografia para descartar um possível tumor na glândula pituitária.

O tratamento consiste em reduzir a produção do hormônio de crescimento. Esta redução pode ser obtida pela administração de medicamentos, ou recorrer ao processo cirúrgico se a produção excessiva for ocasionada por um tumor.


Dra Luciana Spina

Clique e assista a participação da Dra Luciana Spina, nos Programas RJ Record (25/4/2011) e RJ no Ar (26/4/2011), da Rede Record.
Participação no RJ Record

quinta-feira, 31 de março de 2011

Comunicado Importante aos Pacientes

Endocrinologista Rio de Janeiro Botafogo Zona Sul RJ - Dra. Luciana Spina - (21) 2103-1500 Na próxima quinta-feira, dia 7/4, comemora-se o Dia Mundial da Saúde. Mas, nesta data também ocorrerá por parte dos médicos uma paralisação no atendimento às seguradores e planos de saúde.

Já há algum tempo os médicos vem se submetendo a uma baixa remuneração de consultas e procedimentos pelos planos de saúde, muitas vezes atrasando o pagamento e glossando (suspendem o pagamento) sem ao menos avisar aos médicos.

Há uma enorme burocratização do processo de preenchimento das guias e envio de faturas, e muitas vezes não há transparência por parte das operadoras de saúde. Não existe periodicidade, nem critério de reajuste dos valores remunerados nos contratos. Alguns convênios estão há anos sem reajuste, o que não é a realidade de um custo de consultório onde contas a pagar só aumentam.

Os convênios acabam interferindo na conduta do médicos, quando por exemplo estipulam o prazo para retorno de consulta ou não autorizam determinado procedimento médico. Quem perde com isso são os pacientes. Cada vez menos médicos tem interesse em se credenciar a planos de saúde.

Muitos estão abandonando os planos que pagam pouco. Resultado: dificuldade do paciente em agendar uma consulta, muitas vezes com meses de espera. Sem falar no tempo cada vez mais reduzido da consulta.

Essa paralisação tem como objetivo mobilizar a sociedade e os órgão competentes visando a valorização do ato médico. A princípio a população pode se sentir prejudicada com essa paralisação, mas na verdade estará ganhando com isso. A satisfação do médico refletirá numa consulta com mais qualidade.

A paralisação será de apenas um dia. Os atendimentos de urgência e emergência não serão suspensos e os pacientes que desejarem serem atendidos impreterivelmente nesse dia poderão pagar pela consulta. A população deve entender nosso motivos e nos apoiar nessa reivindicação tão
justa!

Drª Luciana Spina

segunda-feira, 28 de março de 2011

Os perigos da obesidade e do sedentarismo

Endocrinologista Rio de Janeiro Botafogo Zona Sul RJ - Dra. Luciana Spina - (21) 2103-1500 Lembre-se! Manter a forma, poderá salvar sua vida.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Conheça os benefícios da semente de linhaça na alimentação

Endocrinologista Rio de Janeiro Botafogo Zona Sul RJ - Dra. Luciana Spina - (21) 2103-1500

Alimento é rico em ômega 3 e 6, além de apresentar proteínas, vitaminas e minerais


A linhaça é rica em ácidos graxos essenciais, mais conhecidos como ômega 3 e ômega 6. Estes ácidos graxos auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares reduzindo o LDL (colesterol ruim) e impedindo seu acúmulo nas artérias. Na composição da semente de linhaça também estão presentes proteínas, fibras, vitaminas e minerais, que lhe conferem a propriedade de alimento funcional. Por isso, auxilia na prevenção de alguns tipos de câncer; melhora o funcionamento intestinal, contribui para a estabilidade da glicemia em diabéticos e possui propriedades antioxidantes que retardam o envelhecimento celular.

A linhaça é a semente do linho. É usada há mais de 5000 anos e hoje é considerado um alimento funcional devido aos seus conhecidos benefícios para a saúde. Dela se extrai um óleo de grande valor nutricional e na prevenção de doenças.

A semente moída traz mais benefícios nutricionais que a semente inteira, que possui uma casca resistente, difícil de digerir. Portanto, uma forma fácil de quebrá-las é passá-las em um processador ou liquidificador usando apenas a tecla pulsar para que não vire pó e perca as funções de fibra. Depois, guarde-as em refrigerador, fora da luz. Desta forma, a utilização será ainda melhor. As sementes podem ser utilizadas em iogurtes, saladas, sucos, vitaminas, misturados a cereais, massas de pães e bolos e em todos os outros alimentos. As sementes também podem substituir o óleo ou gordura utilizada em uma receita. Por exemplo, se uma receita pedir 1/3 xícara (chá) de óleo, use 1 colher (sopa) de semente de linhaça moída, em substituição.

Não existem diferenças nutricionais entre a semente de linhaça marrom e a dourada, porém, a linhaça marrom é cultivada em regiões de clima quente e úmido (o que freqüentemente exige o uso de agrotóxicos) e possui uma casca mais resistente. A semente dourada é plantada em regiões frias, cultivada de forma orgânica e seu sabor geralmente é mais suave do que o da marrom.

O óleo de linhaça é extraído da semente inteira, usando métodos de extração a frio, desenvolvidos especialmente para este fim. O produto obtido pode ser comercializado de duas formas: engarrafado, para ser usado em saladas ou pratos frios ou em cápsulas gelatinosas, utilizadas como suplementação de ômega 3. É importante ressaltar que algumas propriedades funcionais da linhaça são encontradas na casca e, portanto não estão presentes quando somente o óleo é ingerido.

Recomenda-se de uma a duas colheres (sopa) de semente de linhaça ao dia. Deve-se evitar o consumo excessivo devido ao seu conteúdo calórico (cada colher de sopa tem aproximadamente 66 calorias) e pelo risco de interferir na absorção de outros nutrientes. Para facilitar a adaptação e digestão, recomenda-se que a inclusão da linhaça na alimentação diária seja gradativa.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Convite aos pacientes para participar do programa “Alternativa Saúde” do Canal GNT

Endocrinologista Rio de Janeiro Botafogo Zona Sul RJ - Dra. Luciana Spina - (21) 2103-1500

Queridos pacientes!
Recebi um convite para participar do Programa Alternativa Saúde, do canal GNT. Eles estão procurando pessoas com diabetes, hipertensão arterial e hipotiroidismo, na faixa de 25 a 50 anos, para serem entrevistados. Quem tiver interesse pode se inscrever no site da GNT. Conheço o Programa, é bem legal, eles acompanham a rotina da pessoa e abordam vários aspectos de saúde.

Abraços!

Clique aqui para participar

quinta-feira, 17 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Polêmica sobre suspensão dos remédios para emagrecer

Endocrinologista Rio de Janeiro Botafogo Zona Sul RJ - Dra. Luciana Spina - (21) 2103-1500
A intenção da ANVISA de proibir a venda dos remédios para emagrecer, como a sibutramina, alegando que não reduziam o peso e que seus possíveis efeitos-colaterais suplantariam os benefícios, gerou muita polêmica.
 A obesidade é uma doença crônica, grave, originada por múltiplos fatores orgânicos e ambientais, que é a causa de várias outras condições, como o diabetes, a hipertensão arterial e o aumento de colesterol, que por sua vez podem resultar em complicações cardiovasculares severas, como o infarto. Assim, a obesidade precisa ser tratada com seriedade e muitas vezes com medicação.
Os remédios para emagrecimento que existem atualmente quando bem indicados e usados corretamente, raramente apresentam problemas.
Os efeitos-colaterais geralmente são bem tolerados e costumam desaparecer apos as primeiras semanas de uso. Os mais frequentes são boca seca, insônia, dor de cabeça, ansiedade e taquicardia.
Não deveria haver proibição dessas medicações e sim uma prescrição adequada e ética com um bom controle e fiscalização da comercialização. Os estudos que levaram à proibição da substância na Europa foram feitos em pacientes com problemas de saúde, que pelas orientações da bula nem deveriam ter sido medicados.
Proibir o uso de medicações que auxiliam a perda de peso restringe a liberdade do indivíduo que necessita do medicamento e do médico que pratica uma medicina ética e com critérios.
A sibutramina, assim como os outros medicamentos usados para emagrecer estão no mercado há muitos anos e são de grande utilidade para auxiliar na perda de peso, principalmente de grandes obesos. O problema está no seu uso indiscriminado, sem indicação, de forma inadequada e muitas vezes sem acompanhamento medico. Alguns pacientes como os hipertensos severos e cardiopatas não devem usar esse tipo de medicação. O médico tem que ser capaz de indicar e escolher a melhor medicação para cada paciente. Deve sim haver um maior combate à comercialização irregular desses remédios, algumas vezes comprados sem receitas, pela internet ou com uso de falsas receitas.
Existem diretrizes sobre o tratamento farmacológico da obesidade e do sobrepeso que são respaldadas em trabalhos científicas e têm como objetivo diminuir os riscos de diabetes e doenças cardiovasculares associados ao excesso de peso. Uma redução de 5% a 10% do peso corporal já é suficiente para diminuir esses riscos.
Enfim, remédio para emagrecer deve ter justificativa de uso e ser bem indicado pelo médico. Não deve ser usado sem critério. A mudança de hábito alimentar e a prática regular de exercícios devem ser sempre estimuladas. O remédio não pode ser a única medida e deve ser encarado como adjuvante ao tratamento, que consiste principalmente na mudança de estilo de vida. O endocrinologista é o profissional mais indicado para orientar, tratar e acompanhar o tratamento para emagrecer.